❝Todos esses livros tinham alma ❞
Essa é uma edição daquelas que a gente quer colocar em um altar, e Elisabeth, a nossa protagonista, é como todas as heroínas devem ser: feroz, corajosa e determinada (e mais alta do que a maioria das heroínas também).
Por ter crescido solitária em uma biblioteca, a sua ingenuidade, o seu amor e respeito pelos livros é tocante, e não tem como você não promovê-la a nova personagem favorita.
Nathaniel é um feiticeiro debochado, perspicaz e bastante solitário, já o seu excêntrico criado Silas, é um personagem que te deixa intrigada, enfeitiçada e apaixonada à primeira vista. Eu posso dizer que esses três personagens roubaram facilmente meu coração, e eu até mesmo estou sorrindo enquanto escrevo isso. Esses três juntos era melhor do que ganhar uma cesta com chocolates.
Nesse mundo criado pela Margaret, os livros (grimórios), possuem sentimentos e vida própria, podem ser dóceis, caprichosos ou perversos, e até se transformarem em monstros quando danificados, e esses são conhecidos como Maleficts.
Há um romance lindo na história também, e ele acontece de forma gradual, mas, em compensação, a relação de amizade do Nathaniel e Silas foi uma coisa muito mais poderosa de se ler.
Já a narrativa da Margaret é tão poética que flui como uma sonata na sua cabeça, e aqui, não só os livros são mágicos, como cada palavra que ela escreve parece soltar da página como se fosse um tipo de encantamento.
E, como se isso não bastasse, esse livro parece te abraçar o tempo todo, como um verdadeiro grimório.
Ler esse livro foi como mergulhar no universo dos meus sonhos, onde os melhores personagens são feitos de couro e tinta; e têm cheiro de casa.
Um livro sobre como uma garota amava os livros, e como eles a amavam de volta.
Obrigada, Margaret, por escrever essa história; eu realmente gostaria de viver dentro dela.